Depois de lermos e relermos as três primeiras obras de André
Luiz psicografadas por Francisco Cândido Xavier: Nosso Lar, Os Mensageiros
e Missionários da Luz, iniciamos, agora, a
leitura de Obreiros da Vida Eterna, o quarto livro da série de livros que compõem a safra de obras luizianas
e que Chico colaborou para que viessem à luz e todos pudéssemos saber mais e
mais das “dimensões vibratórias infinitas do Universo”, e um pouco do que coube
a esse espírito conhecer “dos infinitos mundos que povoam a Imensidade”.
Assim sendo, temos a oportunidade, nós, encarnados, de
sermos lembrados dessa renovação da vida. Isso, sem dúvida, é fundamental,
porque não precisamos chegar ao outro lado, após nosso desencarne, em situação
de sofrimento atroz. Basta para tanto que estudemos, conheçamos tais lições de
sabedoria transcendente e que busquemos nossa melhora íntima para que tenhamos
força e coragem para ajudar aqueles que continuarão precisando de nós. Se somos
ajudados, temos o dever de também ajudar aos demais. É assim que a vida vai se
renovando e o progresso vai ocorrendo.
No primeiro capítulo de Obreiros da Vida Eterna, André Luiz
conta de uma palestra que assistiu no Templo da Paz, pronunciada pelo Instrutor
Albano Metelo, um “campeão das tarefas de auxílio aos ignorantes e sofredores
dos círculos imediatos à Crosta Terrestre.”
A palestra é toda ela belíssima, comovente, impactante.
Selecionamos um trecho apenas para que você, caro leitor do
blog Vagalumeria, possa se interessar por ler toda essa obra de André Luiz, que
acreditamos deve mais e mais divulgada para o fortalecimento de nós, espíritos.
As criaturas, porém, atravessam breve período de existência
no mundo carnal. A maioria demora-se nas estações expiatórias do resgate difícil
e confunde-se nas vibrações perturbadoras do sofrimento e do medo. Fazem da
morte uma deusa sinistra. Apresentam o fenômeno natural da renovação com as
mais negras cores. Agarradas às sensações do dia que passa, ignoram como
dilatar a esperança e transformam a separação provisória numa terrível noite de
amarguroso adeus. Vítimas da ignorância em que se comprazem, internam-se em
florestas de sombras, onde perdem toda a paz, convertendo-se em presas
delirantes dos infernos de horror, criados por elas mesmas nos desvairamentos
passionais. Como esperar delas a colaboração precisa, com a extensão desejável,
se, pela indiferença para com os próprios destinos, mergulham-se diariamente
nos rios de treva, desencanto e pavor? Unamo-nos, portanto, auxiliando-as,
segundo os preceitos evangélicos, descortinando-lhes novos horizontes e
aclarando-lhes os caminhos evolutivos.
De olhos fulgurantes e neblinados de lágrimas, pela evocação
talvez de quadros das esferas sombrias, que não nos eram dado conhecer, Metelo
manteve-se longos instantes em silêncio, voltando a dizer em tom de súplica:
- Recordemos o Divino Mestre e não desdenhemos a honra de
servir, não de acordo com nossos caprichos pessoais, porém de conformidade com
os seus desígnios e suas leis. Campos imensuráveis de trabalho aguardam-nos a
cooperação fraterna e a semeadura do bem produzirá nossa felicidade sem fim!...
Deus todo-poderoso dai-nos a graça da coragem necessária
para atender a essa súplica e assim sairmos do nosso comodismo. Que assim seja,
Graças a Deus!
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