Que alegria imensa sinto por estar aprendendo tanto com a
ajuda dos espíritos amigos!
Inclusive por aprender a respeitar todas as religiões, mesmo
que eu só pudesse estar no Espiritismo por ele não ser apenas mais uma como
tantas.
Hoje compreendo que os religiosos em seus rituais são
abençoados verdadeiramente pela espiritualidade quando em suas igrejas se reúnem
com fé. Quando dobram seus joelhos ou levantam suas mãos ao alto, eles louvam e
agradecem ao Deus criador e imediatamente das alturas caem bênçãos magníficas e
tão merecidas pela revelação desse ato de humildade diante do Senhor e do pai
descoberto, ainda que mais verdadeiramente nas horas de aflições. São
comunidades inteiras de cristãos ou de muçulmanos, criaturas de Deus, buscando
um encontro com o seu eu espiritual.
Mesmo que dentre esses irmãos estejam aqueles que não
utilizam essa oportunidade para desenvolver o amor, serão os que amam
verdadeiramente a Deus e fazem de suas vidas um testemunho desse amor que terão
contribuído para que tantos deixem os ambientes trevosos do egoísmo e orgulho
de seus corações.
Tais irmãos precisam sim de seus rituais para que transcendam,
então, a condição material em que estão mergulhados e isso para o seu próprio
aprendizado e progresso e possam sair de seus templos e igrejas fortalecidos
para as agruras diárias da vida, que tanto sofrimento lhes reserva quanto sua
capacidade em transcendê-lo pela coragem e fé.
Emmanuel mentor de Chico Xavier |
É, por isso, que quando estou em um centro espírita posso
lamentar que muitos não compreendam ainda o Espiritismo como o abençoado Allan Kardec
o codificou, ou seja, como um verdadeiro triângulo
de Forças Espirituais, nas palavras de Emmanuel, portanto, como uma filosofia que solicita o tempo todo o
apelo do bom senso e da razão, como uma ciência
que explica e justifica a existência e a natureza do mundo espiritual na
relação cotidiana com o mundo corpóreo e, sim, como uma religião, mas que propõe uma fé raciocinada uma vez que alicerçada
na restauração do evangelho do Cristo, ou seja, que infunde a renovação
definitiva do homem e que permite que quando essa renovação se inicie isso se
dê, como nos diz o mesmo Emmanuel , para
a grandeza de seu imenso futuro espiritual.
Nesse sentido, é de se lamentar que tenhamos ainda espíritas
presos a rituais, sacramentos, paramentos, mitos e quaisquer cultos exteriores,
sobretudo se com isso e por isso eles mascaram a própria dificuldade de abraçar
com ardor toda essa fé raciocinada que o espiritismo lhes propõe e ainda
dando-lhes todos os meios possíveis de alcançá-la e fortalecê-la, seja no amplo
material de estudo disponível, seja nas comunicações dos espíritos amigos, que
ao mesmo tempo em que consolam diante do sofrimento das provas e expiações que
enfrentamos também nos advertem acerca dos perigos que guardam os caminhos da
dissipação para aqueles que já foram esclarecidos.
Que Deus nos alimente a fé, a coragem e a caridade
verdadeiramente cristã, pois são os únicos instrumentos disponíveis para o
trabalho sincero daqueles que seguem o Cristo criador!