terça-feira, 22 de maio de 2012

O que deixamos de dizer!



Penso que, na terra, o maior temor que guardamos seja aquele que chamamos o temor da morte. Mas, afinal, o que é a morte? O Espiritismo vem nos mostrar, por meio de provas inequívocas, que ela não existe. E se ela não existe, então, por que ainda a tememos tanto? Sabemos que nossa memória acerca do período que vivemos no plano espiritual está deturpada pelo peso dessa matéria que utilizamos como forma de nos manifestar no plano físico. E é a perda temporária dessa lembrança que colabora para que acreditemos que tal “morte” seja algo punitivo ao invés de libertador.

Se pensamos na morte como punição, sempre estamos repletos de pavor  e tristeza quando nos deparamos com o assunto. Entretanto, se tomarmos esse tema, vendo-o como a libertação  do espírito, entendendo que a morte sinaliza que seu tempo na prisão do corpo afinal tenha se extinguido e, portanto, considerando que a verdadeira vida é a do plano espiritual, facilmente seremos agraciados pela bondosa justiça divina, porque alcançaremos  o real motivo de nossa breve passagem pelo peso do corpo.

Se pensarmos na morte do corpo como o renascimento do ser no mundo espiritual, compreenderemos que o período de vida na terra é insignificante perto da infinidade da vida espiritual, que é nossa verdadeira vida. Enfim, se olharmos a vida na terra como ferramenta divina para nossa ascensão até Deus, entenderemos que toda dor e aflição que julgamos passar aqui, nada mais são do que um presente de Deus, para que nos depuremos de nossos defeitos e a saibamos que, não existindo a morte, todos aqueles que um dia amamos na terra estão a nossa espera em outro plano e se comunicam conosco, evidentemente, à medida que se tornam aptos para isso. Isso tudo solicita-nos a que tenhamos uma postura menos lamentosa e mais esperançosa.

E se hoje ainda nos punimos por algo que deixamos de dizer àquele ente querido que, voltou aos braços da pátria espiritual, saibamos que em nossas preces sinceras ele e todo os outros nos ouvem e, como estão em condições mais favoráveis para compreenderem nossas limitações, nos envolvem com todo o amor que lhes seja possível dispensar.

Sendo assim, saibam: Aqueles que amamos na terra e que aqui nos amaram também, guardam esse sentimento por toda a eternidade.



2 comentários:

  1. Esse ponto de vista me deixa intrigado pois da mesma forma que quando encarnamos temos o esquecimento das vidas anteriores será que não esquecemos tudo no desencarne?

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  2. Roberto, pelo contrário, é quando recobramos a memória na sua completude, embora cada caso seja um caso e a providência divina que é perfeita dê para cada um o que lhe é de merecimento.

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