Ele quer que avancemos com ele rumo a regeneração do nosso espírito.
O natal pode ser um momento privilegiado de reflexão acerca desse progresso espiritual.
É por isso que a melhor representação do natal será sempre a do presépio. Há uma grande escritora da literatura brasileira que certa vez escreveu uma crônica em que ela contava um pouco da história dessa representação. Ali ela nos falou de Jesus e de São Francisco de Assis.
Essa é a mensagem de natal que nós, a galera da Vagalumeria, quer deixar aqui registrada, a todos vocês, que nos acompanharam nesse nosso canal de alegria, estudo, encontro de amor, ou seja, enquanto nossas luzes se intercalam nesse blog!
Quando São Francisco de Assis inventou o primeiro presépio, e falou das coisas do céu numa gruta, dizem que, ao ajoelhar-se, desceu-lhe aos braços estendidos um Menino todo de luz. O Santo Poeta colocara ali apenas umas poucas imagens: as da Sagrada Família, a do irmão jumento e a do irmão boi. O áspero cenário de pedra tinha a nudez franca da pobreza, a rispidez dos desertos do mundo, o recorte bravio dos lugares de sofrimento. Ai, o Menino de luz pode descer, porque ele vinha para ensinar caminhos difíceis, e restituir às coisas naturais da terra o sentido da sua presença na ordem universal.
(...)
E se outro São Francisco se ajoelhar na gruta rústica, o Menino virá todo em luz aos seus braços, porque só o Santo Poeta entendia dessa irmandade geral do céu e da terra, e da graça de todos os despojamentos, e da alegria de não precisar ter, pela contemplação de todos os enganos, e da leveza da vida em expressão absoluta. Cecília Meireles
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