sábado, 17 de dezembro de 2011

É se educando que a gente se entende!

Eu estou lendo um livro bem interessante e que não é muito divulgado quando se fala nas obras de Allan Kardec. Trata-se de O que é o Espiritismo.
Por que o livro é bacana?
Primeiramente, ele é bem mais fácil de ler do que alguns outros do mesmo autor, como, por exemplo, A Gênese, que pede um certo hábito de leitura mais fluente. E isso já é bem legal, para você ir se acostumando com a pegada da linguagem de Kardec.
Além disso, o livro também foi elaborado com a intenção de responder a questões que as pessoas sempre faziam ao seu autor sobre o Espiritismo e que, segundo ele mesmo diz, ele tinha, portanto, que sempre ficar repetindo as mesmas respostas.
E você? Quando você diz que é espírita, as pessoas não ficam te perguntando uma série de coisas que nem sempre você se sente preparado para responder?
Pois bem, lendo esse livro, você será informado sobre a doutrina espírita e de uma maneira mais prática e didática. 
Por exemplo, alguém de outra religião já questionou o fato de você ser espírita, considerando apenas o ponto de vista da doutrina que essa pessoa mesmo professava?
Isso sempre foi algo muito comum. No tempo de Kardec, e mesmo nos nossos dias. 

É claro que esperamos que nenhum espírita pense em fazer isso, ou seja, questionar a religião de qualquer um ou fazer de sua atitude ou ato de fé algo que comungue com os excessos tão comuns quando se trata de proselitismo. Você sabe o que é isso? É o nome que a gente dá para um certo empenho ativista de converter uma ou várias pessoas a uma determinada causa, ideia ou, no caso que ora tratamos, a uma determinada religião (proselitismo religioso).

No livro que estou sugerindo que você conheça, Alan Kardec se coloca, por exemplo, conversando com um padre da Igreja Católica (Terceiro Diálogo - O Padre) A certa altura, o padre afirma: 

Não discordais, entretanto, que o Espiritismo não está, sobre todos os pontos, de acordo com a religião. 

A resposta de Kardec é um belo exemplo de resumo das principais práticas do Espiritismo, ou seja, do que interessa para valer quando nos dizemos espíritas:

Se o Espiritismo negasse a existência de Deus, da alma, da sua individualidade e da imortalidade, das penas e das recompensas futuras, do livre-arbítrio do homem; se ele ensinasse que cada um, neste mundo, não está senão para si e não deve pensar senão em si, ele seria não somente contrário à religião católica, mas a todas as religiões do mundo; isso seria a negação de todas as leis morais, bases das sociedades humanas. Longe disso, os Espíritos proclamam um Deus único, soberanamente justo e bom; eles dizem que o homem é livre e responsável pelos seus atos, recompesado e punido segundo o bem ou o mal que fez; eles colocam acima de todas as virtudes a caridade evangélica e esta regra sublime ensinada pelo Cristo: agir para com os outros como gostaríamos que os outros agissem para conosco. Não estão aí os fundamentos da religião? Eles fazem mais: nos iniciam nos mistérios da vida futura, que para nós não é mais uma abstração, mas uma realidade, porque são aqueles mesmos que conhecemos que vêm nos descrever suas situações, nos dizer como e porque eles sofrem ou são felizes. Que há nisso de anti-religioso? Essa certeza do futuro, de reencontro com aqueles que amamos, não é uma consolação? Essa grandiosidade da vida espiritual que é nossa essência, comparada Às mesquinhas preocupações da vida terrestre, não é própria para elevar nossa alma e a nos encorajar ao bem?

Portanto, é isso o que importa! Independente da sua religião, você faz o bem e, assim, eleva sua alma mais e mais? Então, meus parabéns!

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