quarta-feira, 9 de novembro de 2011

2012?

Há alguns dias, enquanto conversava sobre a tão falada transição planetária, fiquei surpreso ao ver que alguns não sabiam do que se tratava, porém, precisamos concordar que, apesar de esse ser um tema muito falado é também um assunto bem pouco esclarecido. Penso que nos acostumamos a encarar as mudanças no meio em que vivemos, como sendo algo apocalíptico, destruidor, típico de filme holywoodiano, e isso tem nos confundido muito. Não estamos acostumados a encarar tudo isso como efeitos normais da natureza, ou seja, o que de fato são: terremotos, cataclismos, maremotos, tsunamis  etc. Isso tudo sempre ocorreu na história evolutiva de nosso planeta e continuará acontecendo, assim sendo, devemos enxergar tudo isso como sendo manifestações divinas.

Podem ainda ser oportunidades para ajudarmos aqueles que sofrem com os variados danos causados a cada vez que acontece qualquer um desses incidentes naturais – quando digo ajudar, estou pensando em todos os que precisam de ajuda nessas ocasiões: não somente as pessoas, mas também os animais. Afinal, estamos aqui, em um mundo de provas e expiações – Opa! Temos aqui um termo que, durante a conversa citada acima, suscitou dúvidas, então, tentemos esclarecê-lo aqui também.

Segundo Kardec, o Planeta Terra é um planeta de provas e expiações, ou seja, vivemos aqui para provar algumas coisas e expiar outras. Por exemplo, quando estamos na escola, a professora nos ensina determinadas matérias, porém, ela somente terá certeza de que aprendemos se submeter a uma prova o nosso conhecimento, então, ela faz uma coisa que nós adoramos: marca o dia da prova. E, nesse dia, ai de quem colar... rsrsrs.

Já no caso da expiação, vamos primeiro definir esta palavra: Expiação - vem do verbo expiar, que é o mesmo que sofrer, que penar e que pagar.

Então, para ilustrar o conceito podemos usar a seguinte situação: Quando eu era pequeno, minha mãe dizia que, se eu batesse em alguém, eu daria o direito dessa pessoa me bater também, logo, é como se Deus, por sua admirável lei de causa e efeito, nos dissesse – Filhos, vocês beliscaram seus amigos, aqueles de outros dias, por isso, agora, sofrem também os beliscões que deram tempos atrás. Resumindo: "Quem com ferro fere, com ferro será ferido". Nada mais Justo, não é mesmo?

Pois bem, mas e o lance de 2012? Não podemos dizer que nesse ano acontecerá definitivamente a tal da transição, mas podemos dizer que, de qualquer modo, o mundo não vai acabar e, sendo assim, é nosso dever trabalhar para que o mundo de amanhã seja realmente melhor do que o de hoje, pois, o mundo de regeneração, que é o próximo estágio da terra, espera por nós e somos nós que determinaremos se acompanharemos a terra nesta caminha ou não.

Um comentário:

  1. Eu não concordo com a expressão usada "Quem com ferro fere, com ferro será ferido" para explicar as leis divinas de causa e efeito. Falando assim há quem possa dar margem para interpretações injustas desta lei de Deus. Não se trata da lei de Taleão, onde cometo um erro e serei punido com o mesmo erro ou algo equivalente. Na verdade temos sim um aprendizado, uma prova, uma expiação para passar mas ela virá de uma forma mais ou menos adequada ao adiantamento do indivíduo, quero dizer que se me arrepender, resignificar, perdoar... minhas experiências para corrigir o erro serão diferentes de quem continua insistindo no mesmo. Porque todos somos criados para sermos felizes e a trajetória que chegará a esta felicidade depende do livre arbítrio de cada um. Há quem possa chegar a ser espírito de luz mais rápido ou mais demorado, de acordo com suas escolhas. Desta forma dizer que quem com ferro fere com ferro será ferido é simplista, errôneo e injusto. Afinal temos sim o direito de perdão: perdoar o próximo (não guardar rancor) e perdoar a si mesmo (não culpando-se e punindo-se). Pode-se dizer até que em adjunto ao ensinamento mais clássico da Doutrina "Fora da caridade não há salvação", "quem pratica o perdão está mais próximo da caridade".
    Parabéns pela iniciativa de explicar as questões abordadas.
    Abraços.

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