sexta-feira, 28 de junho de 2013

what we know of ourselves


by Martha Jane Petersen,
Ai de mim, homem oco, visionário, ai de mim, garoto suburbano, preguiçoso em relação aos meus deveres, insensível aos que me amam.

Um tempo atrás, eu estava tão bem, socialmente falando, que nada podia me parar de fazer façanhas e só pra acariciar meu ego. 

Quantas vezes fui aplaudido, simplesmente por fazer bem feito aquilo que sempre fiz com facilidade e pelo que sempre me destaquei (escrever) ?

Quantas vezes tirei sarro de pessoas que tinham certas dificuldades? Quantas pessoas ridicularizei por me achar superior?

Todo império tem seu ápice, assim como minha lista de ações antiquadas. Cai, violentamente, numa maré de falta de criação, e como já era de se esperar as consequências estavam batendo na minha porta.

Após isso, em desespero, procurei a boa e velha filosofia, e me deparei com aquela bela história das Três Pereiras. Resumindo, quando formos falar de alguém temos que ver três requisitos:

Verdade, Bondade e Necessidade. 
Verdade: é mesmo verídico o fato que vai passar pela sua boca sobre alguém?  

Bondade: não devemos falar qualquer coisa por aí, primeiramente, porque as pessoas se magoam, mesmo que não seja nossa intenção magoá-las, e, ainda, quem somos nós pra dizer qualquer coisa?

Necessidade: Bom, vai fazer alguma diferença na vida de quem está a sua volta o que será dito?


Depois de conseguir entender bem a mensagem, eu pude filtrar não só minhas palavras, mas também minhas atitudes. Assim, me tornei humilde e, como consequência, semana passada, voltei a ser aplaudido, foi quando senti orgulho pelo meu trabalho e por poder ter uma atitude de respeitável agradecimento e não de autoengrandecimento. 

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