sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Somos todos médiuns?


O Guia dos Médiuns e dos Evocadores, este é o segundo nome ou subtítulo que Kardec atribuiu ao Livro dos Médiuns. Nesse livro, publicado em 1861, encontramos rico material pra sanar nossas dúvidas e acreditamos que, nestes 151 anos de sua existência, se não tivéssemos negligenciado o seu conteúdo - conteúdo este resultante das experimentações de Kardec - hoje, teríamos um Espiritismo mais dinâmico e inteligente.

Afirmações errôneas, como a de que todos somos médiuns, não seriam mais discutíveis, pois estariam resolvidas - como, aliás, já está resolvida no próprio livro a que estamos nos referindo.  

Mas, qual a importância de sabermos se somos ou não médiuns?

Poderíamos a esse respeito enumerar muitos motivos úteis, entretanto, pontuaremos apenas aquele que consideramos o mais útil e proveitoso para todos. Acreditamos que a insistência em desenvolver mediunidade é algo que atravanca o crescimento da doutrina espírita, pois se perde muito tempo buscando efeitos mediúnicos com aqueles que nada conseguem produzir. Por outro lado, estamos assim impedindo que esses, os que não possuem mediunidade, possam desenvolver outras tarefas para as quais possuam melhor aptidão, para que possam desenvolvê-las com verdade e utilidade prática para a casa espírita em que trabalham.

Esse segundo nome que Kardec deu ao Livro dos Médiuns coloca em cheque qualquer tese que defenda a generalização da mediunidade, pois, conforme este segundo título, este é um guia para os médiuns e para os evocadores. Já aí, nessa descrição da sua finalidade, as dúvidas deveriam deixar de existir, entretanto, Kardec deixou ao longo desta obra mais  36 indicações que têm por objetivo específico orientar também aqueles que não possuem mediunidade.

Na introdução do livro em pauta, encontramos este trecho interessante que, assim como tantos outros, não poderia ser ignorado e que transcreveremos, para suscitar em nossos amigos a busca por maiores informações sobre o assunto:

“(...) Seu objetivo consiste em indicar os meios de desenvolvimento da aptidão mediúnica, tanto quanto o permitam as disposições de cada um, e, sobretudo, dirigir-lhe o uso de modo útil, quando a faculdade existe (...)”. (grifo nosso).

Caros amigos, encerramos nossa postagem com a seguinte pergunta: Se todos fôssemos médiuns porque Allan Kardec se daria ao trabalho de divulgar essas 36 recomendações a que nos referimos para aqueles que não são médiuns?


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