quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Pontuando o que é distinto no Espiritismo e na Umbanda



Começaremos nossa postagem, direta e resumidamente, a fim de não deixarmos qualquer confusão referente ao nosso ponto de vista: a Umbanda não é Espiritismo. 

Acreditamos que ao ler isso alguns dos amigos pensarão que nós somos separatistas ou preconceituosos, mas não, não somos nem uma nem outra coisa. Apenas desejamos deixar claro aquilo que Kardec já expôs na introdução da obra que marca o início da doutrina espírita, ou seja, em O Livro dos Espíritos: Os adeptos do espiritismo serão os espíritas ou, se quiserem, os espiritistas.(LE - Introdução - Item I)

Acreditamos também que o que tem causado confusão, e até mesmo entre alguns espíritas menos estudiosos, é o fato de que a Umbanda, assim como o Espiritismo, desenvolve atividades de intercâmbio mediúnico. E, nesse ponto da nossa argumentação, sabemos que se exigirá de nossa parte uma dissertação mais apurada. Então,vamos fazer isso juntos:

Na Umbanda pratica-se mediunidade, certo? Certo!

No Espiritismo também, certo? Certo!

Então, o que difere uma da outra? É simples de se compreender. Nos chamados Terreiros de Umbanda as manifestações dos espíritos acontecem sempre por meio de algum ritual – acendimento de velas, cantos de evocação, danças ritualísticas, vestimenta desta ou daquela cor, oferendas de bebidas, cigarros, alimentos entre outras tantas formas exteriores de evocação. Enquanto que na doutrina espírita não se pratica qualquer tipo de rito ou evocação material. O único modo de evocação, que os espíritos da codificação kardeciana nos aconselham, é a oração sincera, o recolhimento e a mudança íntima. Essa última, aliás, deve ser objetivo diário de todos nós, ou seja, sabemos que nenhum rito poderia nos limpar de nossas deficiências.

Infelizmente, muitos grupos considerados espíritas adotam alguns desses rituais que, sem nenhum temor, podemos considerar traços de nosso período primitivo. Esses grupos não são exatamente espíritas, ou são espíritas muito imperfeitos, principiantes, pois ferem de alguma forma os princípios da doutrina dos espíritos. Seja com a intenção de parecerem “abertos”, seja por falta de uma identidade, ou por profissão de fé desorientada, esses núcleos hoje estão distantes de compreenderem Terceira Revelação –  embora estejam dela mais próximos que nossos irmãos da Umbanda. Mas igualmente a esses últimos, também não podem se dizerem espíritas, porque nesse caso estariam tomando para si um título que não possuem ou para o qual ainda não estão devidamente aptos. Podem sim se dizerem espiritualistas universalistas, que é a melhor denominação para o tipo de trabalho que muitos têm feito, mas espíritas ainda não o são. Digamos que estão se “espiritificando”, ou seja, se tornando espíritas.

Agora chegou a hora de sermos mais amigáveis. Queridos leitores amigos, sabemos que evidentemente estamos longe de sermos detentores da verdade e pedimos até desculpas, se nossas palavras soaram ou pareceram preconceituosas, mas como dissemos no início de nosso texto temos apenas a intenção de colocar cada coisa em seu devido lugar para que assim, cada um, na medida em que suas faculdades morais e intelectuais permitam, possa contribuir de modo útil e honesto para a elevação espiritual da humanidade.


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Recado do Trovador do Além ;-)


O Tempo
O tempo é uma grandeza,
A serviço da realeza,
Deus todo-poderoso
O criou todo zeloso.

Saber como aproveitá-lo,
É conhecimento do sábio,
Que o emprega com organização,
Para melhor aproveitar sua ação.

Grande ilusão tem,
Quem com o tempo tem desdém,
Porque cada minuto perdido,
Fica para trás no infinito.





Quem melhor aproveitá-lo,
Certamente fará bom trabalho,
E chegará ao termo dessa existência,
Cumprindo sua missão com competência.


Trovador do Além : José Matusalém
Colônia Recanto de Irmãos
(mensagem recebida em 07/11/2012)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Recado de Irmã Madalena


A importância do Servir

Hoje venho por meio desta missiva falar de importante atividade : o servir.

No passado, o servir estava associado ao trabalho subalterno, escravo e, portanto,  indigno para as pessoas elevadas. Havia a cultura do ócio, pelo qual as pessoas jogavam fora seu tempo precioso com futilidades, deixando para os servos toda a atividade útil.

Quando o ser se deixa levar pela indolência, fica com a mente vazia e, então, a ocupa com pensamentos não elevados, frívolos e perversos.

Com a revolução industrial, o trabalho começou a ser visto como atividade vital para a sociedade, e, gradativamente, através das lutas pelos direitos dos trabalhadores, o servir tornou-se cada vez mais importante e honroso.

O Espiritismo, com sua missão educativa, nos ensina que à medida que o Espírito evolui, esse, necessariamente, passa a se ocupar de trabalho sério, servindo ao próximo.

Emmanuel e Chico Xavier foram os grandes exemplos da importância de servir ao próximo e à comunidade.

Amados irmãos, servir não é apenas uma atividade honrosa e meritória. Trata-se também de remédio para as doenças psicossomáticas como a depressão, a  síndrome do pânico, ódio, mágoa, tristezas e inclinações ao mal.

Quando servirmos ao próximo, na verdade, não estamos apenas sendo bons a quem servimos, estamos, sobretudo, servindo a nós mesmos, por meio dessa divina ocupação.

Termino esta mensagem deixando a cada um um convite: pare de se lamentar pelos problemas da vida, seja útil ao próximo, seja útil a si mesmo, servindo ao próximo.

Que a luz do Mestre Jesus nos ilumine hoje e sempre.

Irmã Madalena
Colônia Recanto de Irmãos
(mensagem recebida em 31/10/2012)




terça-feira, 6 de novembro de 2012

Vida e Morte Severina


- Tu vê, Ritinha?

- Vejo o quê, Josué?

- O esprito  de painho, que caminha no caminho. 
   Vem de branco, vem vuando, vem sartando, 
   à direita tem um homi 
   e à esquerda uma muié.

- Oxi, Josué! Que bestara é essa agora?
  Tu tá vendo alma penada?
  Crê em Deus pais, eu vô me embora!

- Ó Ritinha! Minha irmã, sinta medo disso não, 
  é Jésuis que tá cum ele. E ele diz pra nós tê fé 
  e a mulé a sua esquerda é Maria de Nazaré.

- Josué, tu me prometi?

- Prometo uque, Ritinha?

- Que esta história de malassombro tu num conta pra mainha.

- Mas por que num deveria? 
  É painho que quer falar!

- Mas se for doidice tua, 
  mainha vai te interná.

- Tu num acredita em mim?

- Acredito Josué!

- Então, mainha, que é fié, haverá de me ter fé.
  Pois foi ela tão guerrera, carrego-me nos seus bucho...
  Foi das mão de vó partera, que, nuzinho, vim ao mundo. 
 Tenho fé que nossa mãe haverá de me acreditá, 
 saber que painho tá vivo e que está a lhe ampará.

- Eu entendo Josué! Porque sou muito devota.
  E por isso eu rezo a Deus, Jesus e Nossa Senhora. 
 Que te ampare no caminho dessa estrada tortuosa. 
 E que nosso bom painho encontre a sua rota, 
Ave, Sinto até uns arrupio de deixá a ispinha torta.

- Már Ritinha, minha irmã!

- O que foi, ó Josué!

- Tenha medo disso não!

- Már se essa alma penada vem a mando do Cão?

- Neste caso minha irmã, 
  ele tá em contradição,
  pois se tá cum Jesus Cristo
  é um Diabo muito bão!

- Josué intão me diga!

- Digo u quê tu quisé?

- Tu pode falar cum eles?

- Posso sim! O que tu qué sabê?

- Pergunte se eles sabi
  se um dia vou casar!

- Painho tá dizendo que dessas coisas 
  num tem tempo pra falá!

- Então, de quê te serve
  falar cum assombração,
  se nem pra tua própia irmã 
  pode achar um moço bão!?

- Painho diz que casamento 
 é coisa daqui da terra, 
 mas que, para os nossos dias,
 isso é coisa muito séria. 
 Diz que tu tá se perdendo 
 correndo atrás de homi, 
 diz que perde tua carne
 quando o esprito é tem fome.

- Que cunversa mais éxtranha agora é essa Josué? 
  Num intendi do que tu disse nenhum pingo de palavra, 
  mas to vendo que essa alma qué me vê é encalhada.

- Ritinha, minha filha!

- Josué, é você?

- Não, pequena, sou seu Pai.

- Sai pra lá Cão dos Inferno, sai de rétro Satanás.

- Ritinha, não seja cega, 
  como os outros desta terra,
  vim de pronto, em teu socorro, 
  em resposta a tua reza. 
 Filha minha, não se queixe, 
 não se zangue, não se entristeça, 
 dê força a Josué,
 pra que ele não enfraqueça. 
 Diga a sua amada mãe, 
 minha esposa de outros dias, 
 que a acompanho deste lado 
 e a espero com alegria.

- Painho, se é tu mesmo, 
  tua filha aqui implora
  me diga de um segredo:
  peço que me dê uma prova!

- Quando eras bem pequena, 
  de tudo tu sentia medo, 
  eu falava em teu ouvido, bem baixinho como segredo: 
  Tu és minha rosa, filha. 
  e você me abraçava e depois me dava um beijo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Do Trovador do Além: José Matusalém


Nossa lição

Dou conforto a quem almeja,
Esclarecimento ao perdido,
Luz para quem não veja,
Alívio para o aflito.

Sou oportunidade de trabalho,
Campo de prova e expiação,
Para vencer a adversidade e desamparo,
Não por palavras, mas com ação.

Sou um sábio professor,
Que a seus alunos ensina com amor,
Benditos e iluminados conhecimentos,
Que elevam o ser sem sofrimento.

Sem minha presença,
Não há cristão que vença,
Atente a essa bendita oportunidade,
Pois eu sou a Caridade.

Trovador do Além : José Matusalém
Colônia Recanto de Irmãos
(mensagem recebida em 19/08/2012 por Rodrigo Félix da Cruz)