sexta-feira, 13 de abril de 2012

Direito à vida! Direito ao refazimento!

Esta semana fiquei intrigado com um assunto corrente nos jornais: anencefalia. Já ouviram falar disso? De modo resumido, trata-se de uma má-formação do cérebro durante o período de gravidez. Porém, o que me inquietou não foi exatamente a anencefalia, mas o fato de que, ontem, dia 12/04/2012, foi aprovada a lei que possibilita o aborto nesses casos. Ou seja, quando o feto em formação apresentar um quadro de má-formação deste tipo, a mãe pode optar pela interrupção da gestação e ter o respaldo de que o procedimento cirúrgico ocorra em hospitais públicos, por exemplo.
Além do caso citado acima, com a aprovação desta lei, o Brasil, evidentemente, passa a dar subsídios legais também para o aborto nos casos de violência sexual e em gestação que ofereça riscos à vida da gestante. Nesse último caso, é importante lembrar aqui, temos mesmo um respaldo na codificação Espírita e que transcrevemos a baixo:

Dado o caso em que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe, haverá crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?
“É preferível que se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar o que já existe.” (Questão 359 de O Livro dos Espíritos)
               
Aqui, é também importante que façamos uma observação: quando os espíritos mencionam a expressão “ser que ainda não existe” referem-se ao que diz respeito às questões meramente físicas, portanto, desse futuro ser no plano da encarnação, obviamente. E apenas essa questão já oferece muito assunto para uma outra postagem, ou seja, voltaremos a tratar disso!
Contudo, assim sendo, podemos entender que o aborto é algo bacana de se praticar e por isso a lei brasileira resolveu prevê-lo em suas linhas, como algo legítimo? 

Evidentemente que não!

Primeiro, devemos entender que a lei humana ainda está fadada ao erro daqueles que a constroem, e, porque se baseiam tão somente nas observações materiais, eles não podem calcular a infinita estrutura que compõe a história individual de cada ser vivente na terra. Ou seja, por assim dizer, toda a filigrana que envolve as relações entre corpo material e perispírito, o equivalente ao "corpo do espírito" por assim dizer.
Cabe, então, a nós, que já recebemos em nossos corações a Divina revelação da imortalidade da alma, ponderarmos sobre tudo isso.  
É também por isso que agora podemos compreender nossa posição, enquanto espíritas, diante dessa questão tão importante: compreendemos que os espíritos que necessitam passar por esta experiência, ou seja, a da má-formação fetal, recebem, ao contrário de uma punição, uma chance de refazimento e reconstrução de toda sua estrutura moral e "corpórea" (inclusive do próprio perispírito) a fim de candidatar-se a um novo corpo. Assim, podemos aquietar nosso pensamento com relação a isso, se ainda tínhamos dúvidas em relação ao porquê há crianças com anencefalia e que possuem expectativa de vida muito curta, embora não se possa estabelecer com precisão o tempo de vida que terão fora do útero.
De qualquer modo, deixo aqui meus sinceros votos, de que esta lei não seja encarada como incentivo à descabidas interrupções gravídicas. É também necessário compreender que se, afinal, algo tão grave figura agora nas linhas da legitimidade jurídica de nosso país é porque assim foi permitido por Deus, e de nossa parte, homens e mulheres, potencialmente pais, cabe a sabedoria no momento de decidir se daremos, ao espírito em tais condições, a honra da experiência que lhe compete experimentar ou tão somente a dor da rejeição dos pais!
De minha opinião particular, declaro-me opositor à referida lei, por considerar o aborto algo contrário a lei Divina, salvo a observação citada de O Livro dos Espíritos.

Uma unidade neonatal onde a choradeira foi substituída pela tranquilidade
 Esse é o resultado de uma experiência iniciada há três meses no Hospital Universitário de Maringá (HUM).
Os recém-nascidos prematuros ou abaixo do pe
so ideal são colocados em redes, instaladas dentro das incubadoras.
 Além de acalmar os bebês, o método está ajudando no desenvolvimento das crianças.A ideia surgiu por acaso. A auxiliar de enfermagem Isabel Leli não sabia mais o que fazer para acalmar os bebês, que não paravam de chorar.
Segundo a auxiliar de enfermagem, a criança se acalma porque a rede simula o espaço intrauterino da mãe.
“Quando o bebê nasce, ele sofre um trauma, pois deixa um espaço onde está aconchegado e se sentindo seguro.
A rede passa a sensação de um espaço com limites, que acalma o bebê”, explica. As “redes neonatais” do HUM
são feitas com pedaço de corda e flanela, um tecido que não irrita a pele dos bebês.
Sim, sempre haverá espaço para a reação amorosa para com todos!
E sempre haverá aqueles que aceitam a inspiração da espiritualidade amiga!
Graças a Deus!

2 comentários:

  1. Maravilhoso, verdadeiro e sensível o texto tem tudo de esclarecedor. Ninguem, senão Deus tem o poder de decidir sobre a "vida" humana.
    Contra o aborto,sim, literalmente sempre.Todos tem o direito à vida.

    ResponderExcluir
  2. Regi querida,
    vamos vibrar sempre para que aqueles que decidem por esse caminho compreendam sempre que a misericórdia de Deus poderá ampará-los nas suas expiações, assim como os espíritos que não puderam reencarnar devido ao aborto são amparados. Que todos caminhem em busca da reforma íntima: caminho seguro para a prática da caridade e para o alcance da luz de Jesus! <3

    ResponderExcluir