sexta-feira, 30 de março de 2012

Desordem ou a Justiça da Aflição?

Desordem é uma coisa que acontece muito comigo. Por exemplo, acontecem duelos (como já foi explicado aqui), também outras atitudes decadentes e falhas de minha parte, mas talvez isso ocorra devido a problemas que eu sabia que apareceriam, embora não tenha sabido como administrá-los em determinado momento.

Isso é errado. Afinal, onde está sua caridade consigo mesmo?

De qualquer modo, quando isso acontece, vou ao hall of mirrors (salão de espelhos) e, refletindo melhor sobre minhas atitudes, posso me sentir mais limpo e forte para continuar meu caminho à eterna procura “do fim da linha do infinito”. Brincadeirinha! rsrsrs
Mas e as pessoas que insistem que não conseguem melhorar?
Sim, elas melhorarão, mesmo que em um lento processo de mais de 200 anos, dependendo do sujeito ou da comunidade. Isso acontece em toda a história dos diferentes grupos humanos. 
Por exemplo, os países que hoje são considerados potências, até um tempo atrás eram cheios de favelas e crimes: na Inglaterra da era industrial, as pessoas apesar de trabalharem mais de 14 horas por dia ganhavam muito pouco e ainda colocavam crianças para trabalhar em serviços pesados. As ruas eram sujas e só se via gente morrendo de frio no inverno. Isso, tanto em Londres, como em outras metrópoles europeias.
Apenas há 30 anos, o trânsito da cidade de København (Copenhague), capital da Dinamarca, era tão caótico como o de São Paulo, e, hoje, essa é uma das cidades onde mais se usa bicicletas no mundo.

Enfim, agora, vamos para o lado mais individual da coisa. 

Mas antes, quero fazer uma alusão à mitologia nórdica (a crença de povos antigos como os vinkings). Para tais povos, havia as chamadas servas de Odin (o deus principal de tais povos antigos do norte da Europa) e que eram chamadas de valkyrja (Valquírias), e que, traduzindo para o português, significa, "as que escolhem os que vão morrer." 
Fiquei pensando nesse universo mitológico nórdico e europeu e pude, então, imaginar: e se tivéssemos, cada um de nós, uma Valquíria que nos influenciasse em nossos defeitos e outra que pudesse nos influenciar a seguir aqueles atributos que correspondem às nossas qualidades? Ou seja, uma que nos ajudasse a cultivar as escolhas que resultassem no nosso bem e de nossos irmãos e outra que nutrisse as escolhas que nos levam à prática do mal generalizado? Pois bem, não nos esqueçamos que, no contexto daquela mitologia, somos nós quem controlamos tais servas. 
Assim, sendo mesmo que a Valquíria do mal possa alimentar nossa preguiça e a do bem ajudar-nos a sustentar nossa força de vontade, somos nós que escolhemos a quem desejaremos ouvir! Se nós apoiarmos que a do mal faça a “escolha” (tal qual o mito das Valquírias sugere) da morte do bem que trazemos em nós, isso vai acontecer e vice-versa.
Para que o pior não aconteça, estamos aprendendo a nos controlar buscando enfrentar os desafios propostos por Jesus Cristo, ou seja, pagar o mal com o bem, amar desmedidamente, e, isso, para que, tal qual na paisagem do norte da Europa, uma pedrinha no alto da montanha gelada não se torne uma bola de neve. Então, como já dizia nosso caro Renato Russo:

Pense só um pouco
Não há nada de novo
Você vive insatisfeito e 
não confia em ninguém
E não acredita em nada
E agora é só cansaço e 
falta de vontade
Mas faça do bom-senso a nova ordem
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar

E como dizia Alan Kardec: A verdadeira caridade é um dos mais sublimes ensinamentos que Deus deu ao mundo. 

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