O hábito de visitar os mortos no cemitério existe há muito tempo e, se ainda conservamos esse hábito, é porque ainda tendemos a confundir o indivíduo (espírito) com seu corpo.
Católicos, budistas, protestantes, muçulmanos, espíritas, não importa... Somos todos espiritualistas e acreditamos na existência e na sobrevivência do Espírito. E, obviamente, os Espíritos não residem no cemitério. Por força do hábito, costumamos dizer que perdemos o familiar ou o amigo, quando na verdade não perdemos nada e esse comportamento é até estranho, já que sabemos da sobrevivência do Espírito.
Quem admite que a vida continua jamais afirmará que perdeu alguém. Ele simplesmente partiu. Quando dizemos "perdi um ente querido", estamos adquirindo alguns prejuízos emocionais, porém, se afirmarmos que ele simplesmente partiu, haverá apenas a saudade, a abençoada saudade, a demonstração de amor em nosso coração, o verdadeiro e sublime sentimento que nos coloca ao lado de Deus. Sendo assim, entendemos que nossos entes que retornaram à casa do Pai retornaram porque cumpriram seu tempo ao nosso lado e que a falência do corpo é a redescoberta do Espírito como ser imortal; que toda saudade que deles sentimos os fazem mais felizes, se são espíritos que compreendem seu novo estado, e isso alivia aqueles que ainda não o compreendem, conduzindo-os a este entendimento.
Na questão 321, de “O Livro dos Espíritos”, Kardec faz a seguinte questão: O dia da comemoração dos mortos tem algo de solene para os Espíritos? – Ao que os Espíritos deram a seguinte resposta: – Os Espíritos atendem ao chamado do pensamento, tanto nesse dia quanto em qualquer outro. Ou seja, sempre que nos lembrarmos de nossos entes com carinho, eles estarão nos sentindo, pois o veículo de comunicação do Espírito é o pensamento e estando eles do outro lado, mais livres do que nós estamos nesta dimensão, não há barreiras para que eles venham nos abraçar, a fim de nos manter e nos ajudar, até que nosso reencontro se realize. Sendo assim, sempre ao chorarmos, que nossas lágrimas sejam de doces saudades e não de lamentação, e, ao invés de lamentar a morte do corpo, celebremos a vida no mundo maior, pois tenhamos certeza, que cada lagrima que venha desenhar um sorriso bobo em nossa face, será uma gota de amor para aqueles que nos assiste da pátria espiritual.
Não visitamos os mortos, nos cemitérios, apenas estaremos lá por um sinal de respeito. É cediço que os espíritos não permanecem ali.
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