segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Le Frère

Para a maioria dos jovens um amigo tem a mesma importância de um irmão, seja nas questões interpessoais ou emocionais, entretanto, outros já não acham tão bacana a ideia de ter um irmão, mesmo que consanguíneo. Porém, sabemos da importância de termos nossa galera da escola, da balada, do grupo de jovens e outros tantos, mas às vezes rola que estamos de “bag cheia” e não queremos ver nenhum tipo de irmãos (consanguíneos ou não).
Sabe o que é o mais bacana de tudo isso? É que quando nos mantemos afastados de quem consideramos nossos irmãos, não nos sentimos bem, pois, tomamos a consciência de que quando temos um irmão ele é eterno.
No capitulo XIV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, item oito, temos a seguinte passagem.
“(...)Os verdadeiros laços de família não são os de sangue e sim os da simpatia e da igualdade de ideias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue (...)”
Nessa passagem do Evangelho, fica fácil entender o porque podemos chamar nosso próximo de irmão, tendo o cuidado de respeitar a todos como Jesus, nosso eterno irmão, sempre fez.
Poderíamos citar outras passagens Bíblicas que reforçariam o nosso entendimento de irmandade, mas o intuito aqui é somente mostrar o verdadeiro sentimento de liberdade, igualdade e fraternidade que devemos manter pelo próximo sempre. Sendo assim, vamos curtir com nossos irmãos e dividir tudo que temos, nossos pensamentos e sentimentos.
Gostaria de mencionar a música Minhas Asas de nossos amigos da banda Cartas de Bordeaux para que façamos um breve reflexão.


Vai lá e diz: Vamos irmãos!!!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ser verdadeiro

Mentir é uma atitude condenável, com isso a maioria das pessoas concorda. Sobretudo, quando se trata de eu ser a vítima da mentira do outro, não é mesmo? Desse pormenor, resultam algumas perguntas que não poderemos calar: Por que não deixamos de mentir para nós mesmos, então, se achamos tão deplorável que o outro nos minta sobre algo ou minta a um terceiro acerca de nós?

O meu irmão não pode mentir, mas eu posso? Como assim?

Encontramos um ensinamento crucial acerca da Verdade, no livro Jesus no Lar – trata-se de uma belíssima coletânea de ensinamentos do próprio Cristo aos seus discípulos, em reuniões reservadas na casa do discípulo Pedro. O livro, psicografado por Chico Xavier e escrito pelo espírito Neio Lúcio,  traz uma passagem em que Jesus nos conta que um homem vivia em uma escura caverna. Vivia ali, lamentando sua condição de abandono e estava sempre, dolorosamente, clamando pela ajuda dos céus.

Por três momentos iniciais e distintos, a Divina Providência o ajudou, quando lhe enviou primeiramente a Fé, depois a Esperança e, ainda, a Caridade.
Em todos eles, tais dádivas divinas o socorreram, mas por conta da atitude não perseverante desse homem, tais auxílios resultaram apenas em lenitivos para o seu sofrimento, porque logo depois ele sempre voltava aos seus lamentos.

Então, por fim, foi-lhe enviada a Verdade, que, como tinha de ser, o revelou para si mesmo tal como ele era de fato, e, assim, ele descobriu que, por exemplo, o mau cheiro - de que tanto ele reclamava enquanto vivia nessa escura caverna - vinha dos pruridos de seu próprio corpo, resultava de suas feridas. Portanto, naquele tempo e lugar, o principal problema da sua condição provinha dele mesmo. Conclusão: o homem fugiu, não quis ou não conseguiu encarar sua verdadeira condição.

Quando li essa mensagem, evidentemente, fiquei pensando naquilo que talvez eu não esteja querendo enxergar em mim mesmo, na possível Verdade por trás da minha atual condição. Além disso, observo também que tal parábola nos ajuda a compreender que o espírita sincero é aquele que encara, sim, a Verdade da sua condição atual, uma vez que ele conhece uma outra Verdade, a da eternidade do Espírito. É devido a essa última que, acredito, sempre fará todo o sentido as palavras de Jesus, também no Evangelho segundo Lucas:

Não há ninguém que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso ou coloque sob uma cama; mas põe sobre o candeeiro a fim de que aqueles que entrem vejam a luz; porque não há nada de secreto que não deva ser descoberto, nem nada de oculto que não deva ser conhecido e manifestar-se publicamente. (Cap. VIII, vers.16,17)

Um bom começo para tanto é considerar nossa Verdade ao menos diante de nós mesmos. Afinal, essa postagem acabou de provar que também a Legião Urbana tinha razão quando na canção Quase sem querer nos diz:

Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Responsabilidade High Tech.

      Estava procurando um tema para abordar aqui no Blog, quando me lembrei de uma história que meu pai sempre contava quando eu era menor. Ele sempre lembrava as coisas que meu avô, como que fazendo profecias, falava a ele e seus irmãos. Meu pai contava que, meu avô falava que um dia teria grandes besouros de ferro que voariam pela cidade e levariam pessoas dentro dele (isso lembra em muito o Helicóptero). Meu pai contava outras previsões de meu avô, porém me recordo com maior precisão da que acabo de citar, pois era engraçado o jeito que ele contava aquilo tudo. Hoje meu pai tem 78 anos, mas ouvia essas estórias quando garoto e, hoje, estamos aqui vivendo um grande momento da humanidade onde há, a todo instante, grandes inventos que facilitam a vida cotidiana, que salvam vidas, que aproximam pessoas etc... Lembrando-me de tudo isso, pensei em como toda essa tecnologia pode nos ajudar a elevar nossa condição humana.

     Jesus, quando veio ao planeta Terra, trouxe-nos sua mensagem de amor, no entanto, nossa inteligência rudimentar e nossa moral pouco elevada, nos fez moldar essa mensagem Divina conforme nossos interesses, desviando-nos da proposta fraterna de Jesus – Ainda bem que o Mestre nos prometeu um consolador.

   E foi, então, que um belo dia, Deus entendeu que estávamos prontos para recebermos novos conhecimentos e nos enviou a doutrina Espírita. Mas vocês devem estar se perguntando: O que tudo isso tem a ver com o título da postagem? Ora, quando Kardec assumiu a missão de trazer ao nosso conhecimento a Doutrina dos espíritos, a humanidade passava por grandes transformações nos campos da filosofia, ciência, religião e, por que não dizer, da moral. Hoje, no entanto, após 150 anos de doutrina Espírita, vivemos numa época muito mais dinâmica, onde a informações se renovam com uma rapidez impressionante. Desse modo, em resposta à pergunta acima, faço outra: Será que o Espiritismo estaria alheio a essa renovação do mundo, quando é ele mesmo quem prega a evolução constante e ininterrupta? Eu acho que não.
                
      Mas, afinal, onde queremos chegar com tudo isso? - vocês devem estar se perguntando. Hoje, temos em nossas mãos computadores de última geração, televisão interativa, celulares de grande capacidade de armazenamento e uma infinidade de aparelhos que nos traz informações em tempo recorde. Será que não temos uma grande responsabilidade sobre o bom ou o mau uso que fazemos dessas ferramentas e, em se tratando das instituições Espíritas, será que não é apático de nossa parte ignorar essas ferramentas quando elas se mostram extremamente eficazes na divulgação daquela que consideramos a doutrina que nos trouxe o consolo para as nossas dores? É de se pensar não é mesmo?
                
      Mas, para concluir essas reflexões, eis que, hoje, meu pai me surpreende, quando pegou uma gatinha de pelúcia, que estava separada para doação, e disse: Gostei desse bichinho posso ficar com ele? Honestamente, não pude recusar-lhe aquele pedido, pois, ali estava meu pai, um senhor de 78 anos que, naquele instante voltava à infância e admirava um bicho de pelúcia, como quando criança admirava as histórias de seu pai. O que me faz pensar em como Deus é maravilhoso, pois, nos concede maravilhas e, enquanto meu pai se deslumbra com um simples bicho de pelúcia, eu me deslumbro com a tecnologia. Porém, meu pai faz um bom uso do bichinho, enquanto eu, por vezes desperdiço a tecnologia utilizando-a sem o propósito de elevar-me.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Uma tarde de domingo sem igual!



 Na tarde do último domingo, a Vagalumeria fez uma coisa que adora! Foi ter um bate-papo com os amigos do programa JUVENTUDE MAIOR da rádio BOA NOVA. Além de termos a oportunidade de esclarecer qual é o intuito do nosso blog e a importância da Blogosfera também para o Espiritismo, tivemos a oportunidade de fazer novos amigos. O clima foi muito bacana, e todos nós, vaga-lumes, nos sentimos parte da família Juventude Maior.


Além do momento em que o programa estava no ar, também os nossos bate-papos, durante os intervalos, ocorreram como uma conversa de amigos, ou seja, foi um desses encontros onde nos reunimos para falar de assuntos super sérios e importantes, mas também, ao mesmo tempo, descontraídos, com conversas de “Patati e Patata” (Muitas risadas). Mas sempre com os pensamentos e o foco na importância do trabalho com  e para o jovem espírita.

O mais bacana foi a reflexão que fizemos sobre a importância das boas propostas para a utilização das mídias, como é o caso do trabalho realizado pela rádio Boa Nova e pelo blog Vagalumeria,  uma vez que ambos guardam o respeito pela individualidade das pessoas e também o respeito por todos os contextos religiosos, sempre sem preconceito e, portanto, priorizando, acima de tudo, o amor ao próximo e a Deus!

Durante o caminho, na ida para a Rádio, conversávamos sobre assuntos diversos. E eis que, depois, descobrimos, para nossa grande surpresa, que nossos amigos espirituais nos preparavam. Em dado momento do programa, foram feitas algumas perguntas e que tinham tudo a ver com esse nosso bate-papo anterior à chegada na rádio: 
- É, a espiritualidade está sempre presente!

Não podemos deixar de agradecer aos ouvintes, tanto os que ouviram como os que também participaram desse delicioso bate-papo, oportunidade em que nos doaram muita força. É essa força que nos impulsiona nesse projeto de proporcionar à juventude o prazer e a alegria de ser Espírita. 
Queremos, por fim, ressaltar que todas essas iniciativas que estamos tendo, ou seja, todo esse material que hoje divulgamos em relação à doutrina de Jesus, pois bem, está nas mãos desses mesmos jovens continuar divulgando tudo isso também amanhã.

Sendo assim, por que não começar agora?! 

Valeu vaga-lumes! Valeu Juventude Maior! Até a próxima!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Com o perdão sempre podemos recomeçar

A filósofa Hannah Arendt
quando jovem.
Ela é autora de obras como
A Condição Humana,
As origens do totalitarismo e
A vida do Espírito.
Uma das maiores lições que  Jesus Cristo nos deixou foi a do perdão. Hannah Arendt, uma filósofa e que não era cristã, também reconheceu isso. Ela nos diz que, independentemente do contexto religioso em que essa lição do Cristo se dá, tal lição foi uma importante contribuição para a história da humanidade: antes de Cristo os homens estavam condenados para sempre a uma única ação, para sempre irreversível.

Depois de Cristo e, portanto, da sua lição do perdão, os homens tiveram a chance de sempre poder recomeçar!     

Não é outra a lição do Espiritismo, que nos esclarece ainda mais, pois nos diz que esse recomeçar avança em direção ao plano da própria reencarnação. Por isso é importante a cada plano reencarnatório nos esforçarmos para efetuarmos nossa reforma íntima e cumprir com nossos propósitos nessa direção. Uma vez que o espírito é eterno e que a morte do corpo não mata o espírito, nosso caminho só pode ser sempre o de regeneração do próprio espírito ou, por livre decisão, do atraso nesse processo, quando erramos tomando atitudes com base no egoísmo ou no orgulho.

Pois bem, tudo indica que devemos começar tal reforma íntima, primeiramente, nos perdoando. Afinal, quem já não errou nas suas vidas anteriores ou que, mesmo nessa vida, não está, aqui e acolá, ainda errando? Todos nós!
O importante é irmos melhorando e progredindo na medida em que assim desejarmos, tendo confiança em Deus e nos esforçando para avançar, sempre, mais e mais, na direção do único mandamento que o Cristo nos deixou: Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Essa passagem do Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, resume de maneira reveladora tudo o que nesta postagem procuramos tratar:

Crede que estas sábias palavras: “Amai bastante para serdes amados”, caminharão; elas são revolucionárias e seguem um caminho fixo, invariável. Mas já tendes ganho, vós que me escutais; sois infinitamente melhores do que há cem anos; tendes de tal modo mudado, em vosso proveito, que aceitais, sem contestar, uma multidão de idéias novas sobre a liberdade e a fraternidade, que outrora rejeitastes; ora, daqui a cem anos, aceitareis, com a mesma facilidade, aquelas que não puderam ainda entrar em vosso cérebro.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Causa e Efeito

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Certa vez Sir Isaac Newton postulou: “Para toda ação há uma reação de mesma intensidade e na direção contrária”, ou seja, essa é a lei de ação e reação. No vocabulário Espírita isso nada mais é que a lei de causa e efeito, ou seja, tudo o que eu fiz ontem estou colhendo hoje, o que eu fizer hoje colherei amanhã e assim por diante... De modo prático e agregando o postulado materialista de Newton aos ideais espirituais do Espiritísmo, podemos dizer o seguinte: Se eu der um soco na parede é óbvio que irá doer muito, no entanto, a pergunta é, por que doe? Neste caso não é Freud quem explica e sim Newton...rsrsrs!!! – Então vamos lá: Quando na estúpida ideia, de dar um soco na parede, deposito nesse ato uma determinada energia, a parede recebendo esta energia obedece à lei de ação e reação e devolve esta mesma energia para meu punho; sendo minha mão composta de elementos orgânicos, sensíveis ao toque e a toda e qualquer manifestação externa, serão enviadas para meu cérebro, por meio de um complexo sistema nervoso (algo complexo de se explicar aqui), informações de que algo está acontecendo, e, por fim, ouviremos ressoar um lindo e sonoro AI !!!!!
Pois é, assim é a lei de causa e efeito. Entretanto, o que fizemos no passado não podemos apagar. Porém, agora que sabemos que tudo o que fizermos voltará a nós mesmos em algum momento, comecemos a fazer coisas boas, pois, somente isso garantirá que no futuro não tenhamos pedras atiradas em nossas cabeças!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Recados: de um espírito amigo e de um espírito protetor.

Uma das maiores dificuldades para muitos de nós é aceitar as experiências sofridas que podemos ter durante nossa passagem pelo planeta terra, na presente encarnação.

Assim, quantos de nós, simplesmente, não entendemos e não aceitamos qualquer mal que possa nos acontecer. Há uma passagem no Evangelho segundo o Espiritismo em que um espírito amigo nos diz: A vida é difícil, eu o sei; ela se compõe de mil nadas que são picadas de alfinetes que acabam por ferir; mas é preciso considerar os deveres que nos são impostos, as consolações e as compensações que temos por outro lado, e, então, veremos que as bençãos são mais numerosas que as dores.

Uma pista importante para compreender o que significa a falta de paciência diante das vicissitudes, das aflições, é compreender que quando assim agimos não estamos sendo caridosos. Afinal, a paciência é também uma caridade. E é por isso que seria muito saudável exercitá-la (e estamos falando de saúde física e mental mesmo!).

Distribuir sopa, tomar passe, e ser um espírita de fachada não será a solução... Não é essa a verdadeira caridade, por que como nos diz esse mesmo espírito amigo, a caridade mais meritória é a de perdoar àqueles que Deus colocou sobre nosso caminho para serem os instrumentos dos nossos sofrimentos e colocar nossa paciência à prova.

E quando reagimos com cólera diante de qualquer contrariedade?
Um espírito protetor, no mesmo Evangelho segundo o Espiritismo, nos diz que é o orgulho que nos leva a crer que somos mais do somos. É sempre o orgulho ferido que está na origem desses acessos de demência passageira, que vos assemelham aos animais, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão.
Você já quebrou algum objeto inanimado, atacando-o, como se você fosse um animal bruto, quando encolerizado? Pois bem, se você se visse nesse momento, teria medo de si mesmo ou se acharia ridículo. Aquele que se entrega à cólera, além de nada resolver, altera sua saúde, comprometendo a própria vida, afinal, o colérico é a sua primeira vítima.

Essas são as dicas desse espírito protetor e nas quais nós devemos pensar antes de deixar de lado o exercício da paciência. Não devemos esquecer que a caridade e a humildade cristãs, quando vivenciadas para valer, nos impedem de agir com cólera ou impaciência.

Ah, lembre-se: requer um esforço insignificante domar as nossas tendências negativas, basta querer!