Qual é a opinião de vocês sobre o que é ter caridade para com o próximo? É cuidar dele? É dar-lhe comida, ou qualquer coisa desse tipo? Sim, é tudo isso também! Agora me diga, como poderá uma pessoa alimentar a uma outra, se ela não sabe como se alimentar? Uma vez que caridade é também amor e paciência, devemos ter isso, primeiramente, conosco mesmos, não é verdade?
Vejamos um exemplo: Como poderia uma pessoa aconselhar a um suicida, se ela própria já estiver com a corda no pescoço? Isso seria, no mínimo, meio incoerente, vocês não acham? Então, é ai que temos o homem em um duelo, mais constante do que se imagina.
Trata-se do duelo entre seu “lado bom” e seu “lado mal”. Ou seja, entre a sua consciência, que até instintivamente quer o seu próprio bem - auxiliado pela boa e amiga espiritualidade, portanto, grande parte da sua vontade - e aqueles seus instintos mais primitivos, que são fortalecidos por simpatizantes: alguns de seus obsessores.
Quando, então, o caminho é longo, pois para cada ação haverá, necessariamente, uma consequência e isso serve de aprendizado para que cada um vá seguindo em frente.
Quando sentimos que saímos dessa confusão, também sentimos que os desafios sobem de nível, em alguns casos o mal pode empatar, novamente, até que haja um desempate nesse duelo que é vivido dentro do ser, mas que chama a si espíritos "simpatizantes" a cada lado e que ficam na torcida.
O homem, então, vivencia diferentes batalhas e vitórias. O interessante é quando busca não começar a guerra novamente e faz do bom senso uma nova ordem.
Para não recomeçar o duelo dentro de si a pessoa precisa desarmar as armadilhas (ou tentações) e se afastar do abismo (lugar da decadência). Será assim que ele terá na experiência do ensinamento dos espíritos amigos, ou seja, de que “a caridade é a única salvação”, o que lhe permitirá instituir uma nova ordem: quando impera o bom senso e, portanto, se sabe o que precisa ser feito e como fazê-lo.
E, seguindo essa trilha, meus amigos, o ser humano vai evoluir mais e mais, constantemente, uma vez que ele já bem sofreu as consequências de seus atos, aprendendo a controlar seus desejos e também como não cair ou se frustrar por causa deles.
É só passando por tudo isso que poderemos ensinar aos outros: aqueles que como nós, por enquanto, estão no estágio de entender a si mesmos.