terça-feira, 25 de setembro de 2012

Lágrimas amargas

Certo dia, um escritor conversava com seu empregado na cozinha de sua casa.
O empregado era analfabeto e não raro seu patrão contava-lhe histórias que o animavam muito.
Naquela tarde, conversavam sobre o novo livro do escritor:
- Sobre o que fala o seu novo livro, senhor? - perguntou o empregado demonstrando interesse.
- Conta a história de um homem que descobre que, ao chorar dentro de um copo, suas lágrimas viram pérolas. - esclareceu o escritor.
- Deve ser uma história muito boa. - concluiu o empregado.
- É uma história triste. - disse o escritor.
- Triste? Como assim?
- É que ele termina sentado sobre uma montanha de pérolas, mas com um punhal ensanguentado na mão e tendo sua esposa morta em seus braços. - esclareceu o escritor.
- Entendi, foi assim que ele acumulou mais riqueza. - concluiu o outro.
- Isso mesmo meu amigo - disse o patrão - você é bem inteligente. Considerou o escritor, elogiando o empregado.
- Obrigado senhor! Mas, posso fazer uma pergunta sobre a história?
- Sim, é claro! – disse prontamente o escritor.
- Por que ele matou a esposa? - perguntou o empregado, ao mesmo tempo em que servia chá ao patrão.
- Ora, como assim? Conforme você mesmo concluiu, ele desejava ficar mais rico.
- Isso eu entendi, senhor. Mas ele não poderia ter apenas descascado uma cebola?

Bem galerinha, eu contei essa historinha para demonstrar o quanto as nossas escolhas nem sempre são acompanhadas de resultados felizes. Ou seja, se para conseguirmos nossos objetivos tivermos que agir somente motivados pela paixão à matéria, esquecendo os valores morais e dispensando a razão e a caridade, fatalmente nosso objetivo será alcançado sem a presença daqueles que amamos, e, assim, adiaremos o encontro com esses seres amados, adquirindo penosos débitos! 

 
Lembrem-se: se na caminhada para a aquisição de nossas “riquezas” ferirmos algum de nossos semelhantes nosso tesouro deixará de ser bom.
 
É isso o que tenho aprendido nos últimos meses.

domingo, 23 de setembro de 2012

Labor



Querido irmão,
Leia com atenção,
Estas linhas benditas,
Que muito lhe ajudarão na vida.

Um ensinamento de amor,
De quem dedicou sua via ao labor,
E que sofreu no duro madeiro da cruz,
Para deixar exemplo de luz.

Trabalhe e ampare,
Ame e não reclame,
Sirva a quem necessita,
Dê um novo rumo à sua vida.

O trabalho constitui-se grande benção,
Deixado pelo sabio criador,
Que permite ao ser conquistar evolução,
Seguindo o Cristo com amor.

Trovador do Além : José Matusalém
Colônia Recanto de Irmãos
(mensagem recebida em 12/09/2012)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Conhecimento de si mesmo

Santo Agostinho
Hoje acordamos cometendo uma injustiça!
Acreditam nisso? Isso é um horror, não é mesmo?
Mas, como fizemos imediatamente uma exame de consciência, entendemos que cometemos tal injustiça por ainda alimentarmos um dos piores defeitos que temos.

Assim sendo, logo depois de pedir perdão à vítima da nossa injustiça, encontramos consolo para a tristeza que nos acometeu diante do ocorrido, mas também uma lição importante, para que não alimentemos mais esse tipo de tristeza, na obra de Allan Kardec: mais precisamente em O Livro dos Espíritos


Queremos compartilhar com vocês a passagem que nos serviu e que sempre servirá a todos nós, como base de reflexão, ajudando a cada um neste necessário exercício diário para a reforma íntima.


Trata-se da questão 919. Vamos aqui reproduzi-las (pergunta e resposta), pois acreditamos que todos nós precisamos ser lembrados de tais palavras de Santo Agostinho.

Qual é o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamentos do mal?

Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo.

Compreendemos toda a sabedoria dessa máxima, porém, a dificuldade está precisamente em se conhecer a si mesmo, qual é o meio de o conseguir?

Fazei o que eu fazia de minha vida sobre a Terra: ao fim da jornada, eu interrogava minha consciência, passava em revista o que fizera, e me perguntava se não faltara algum dever, se ninguém tinha nada a se lamentar de mim. Foi assim que consegui me conhecer e ver o que havia para reformar em mim. Aquele que, cada noite, lembrasse todas as ações da jornada e se perguntasse o que fez de bem ou de mal, pedindo a Deus e ao seu anjo guardião para o esclarecer, adquiriria uma grande força para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Questionai, portanto, e perguntai-vos o que fizestes e com qual objetivo agiste em tal circunstância; se fizestes alguma coisa que censurais a outrem; se fizestes uma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai-vos ainda isto: se aprouvesse a Deus me chamar neste momento, reentrando no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto, eu teria o que temer diante de alguém? Examinai o que podeis ter feito contra Deus, contra vosso próximo, e enfim, contra vós mesmos. As respostas serão um repouso para vossa consciência ou a indicação de um mal que é preciso curar.
O conhecimento de si mesmo, portanto, é a chave do progresso individual. Mas, direis, como se julgar? Não se tem a ilusão do amor-próprio que ameniza as faltas e as desculpas? O avarento se crê simplesmente econômico e previdente; o orgulhoso crê não haver senão a dignidade. Isso é verdade, mas tendes um meio de controle que não pode vos enganar. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, perguntai-vos como a qualificaríeis se fosse feita por outra pessoa, se a censurais em outrem, ela não poderia ser mais legítima em vós, poque Deus não tem duas medidas para a justiça. Procurai saber também, o que pensam os outros a respeito, e não neglicencieis a opinião de vossos inimigos, porque estes não têm nenhum interesse em dissimular a verdade e, frequentemente, Deus os coloca ao vosso lado como um espelho para vos advertir com mais franqueza que o faria um amigo. Que aquele que tem vontade séria de se melhorar explore, pois, sua consciência, a fim de arrancar dela as más tendência, como arranca as más ervas do seu jardim; que faça o balanço de sua jornada moral, como o mercador faz de suas perdas e lucros, e eu vos asseguro que a um lhe resultará mais que a outro. Se ele puder dizer que sua jornada foi boa, pode dormir em paz, e esperar sem receio o despertar de uma outra vida.

Colocai, pois, questões claras e precisas e não temais de as multiplicar: podem-se dar alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna.

Não trabalhais todos os dias com o objetivo de amontoar o que vos dê repouso na velhice? Esse repouso não é o objeto de todos os vossos desejos, o alvo que vos faz suportar as fadigas e as privações momentâneas? Pois bem! o que é esse repouso de alguns dias, perturbado pelas enfermidades do corpo, ao lado daquele que espera o homem de bem? Isso não vale a pena de fazer algum esforço? Sei que muitos dizem que o presente é positivo e o futuro incerto; ora, eis aí precisamente o pensamento que estamos encarregados de destruir em vós, porque desejamos vos fazer compreender esse futuro de maneira que ele não possa deixar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso, primeiro chamamos vossa atenção para os fenômenos de natureza a impressionar vossos sentidos, depois vos demos instruções que cada um de vós se acha encarregado de divulgar. Foi com esse objetivo que ditamos o Livro dos Espíritos.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Do desânimo


O desânimo é um mal que vem acometendo muitos trabalhadores da Seara do Mestre Jesus.

Quantos trabalhadores e médiuns operosos nós vemos apresentando sinais de desânimo? Quantos amigos das fileiras espíritas nos confidenciam sentir grande desalento, falta de incentivo e preguiça para trabalhar?

Amados irmãos, tudo isso é sintoma de nosso modo materialista de viver, como Joanna de Ângelis em suas obras nos disse, assim, faço delas as minhas palavras: Espíritas, despertai para a vossa meta existencial que é a autossuperação, a reforma íntima.

Fiquem atentos com o excesso de apego às coisas materiais, pois o Mestre já nos disse: “Não podeis servir a Deus e a Mamon, pois o servo que serve a dois senhores há de amar um e desprezar o outro.”

Outro importante ponto acerca do desânimo é o fato dos espíritas estarem sendo exigentes demais consigo mesmos.  Precisamos exercitar o autoperdão, a indulgência com nossas próprias faltas.

A evolução do ser deve ser feita conciliando razão e sentimentos, bem como as realizações do mundo material.

Ninguém evolui em saltos. Deus é justo e misericordioso, de forma que nós temos a eternidade pela frente para aprender.

Fiquem na paz de Deus!
Thales
Professor de Filosofia na Colônia Recanto de Irmãos
(mensagem recebida em 02/09/2012)